No dia 22 de agosto uma ação conjunta do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) com o Ministério Público Estadual autuou quatro serralherias clandestinas que operavam na Bahia, incluindo áreas pertencentes ao Parque Nacional da Chapada Diamantina.
No local de operação das serralherias foram apreendidos 200 animais silvestres, 20 m³ de lenha, 7 m³ de madeira e mais de 18 m³ de toras de madeira nativa. Ainda não há como avaliar os danos ambientais causados.
Cinco dias depois, uma operação envolvendo 115 funcionários do Ibama, Polícia Federal e Ministério Público Federal conseguiu desmantelar uma quadrilha especializada em grilagem de terras e crimes ambientais. Inicialmente a operação ocorreu no Pará, mas já existem mandados a serem cumpridos em São Paulo, Paraná e Mato Grosso.
Após promover desmatamento e queimadas da vegetação nativa, a organização fazia o loteamento das áreas e as revendia a produtores e agropecuaristas. Um dos locais de atuação da quadrilha foi a Floresta Nacional do Jamanxim (PA). Estima-se que o dano ambiental ultrapasse R$ 500 milhões. Os envolvidos são considerados os maiores desmatadores da Amazônia brasileira.
Os dois casos retratam um problema histórico do Brasil. O vasto território nacional dificulta a fiscalização de crimes ambientais, deixando ampla oportunidade para pessoas que buscam o lucro a qualquer custo. Porém, a culpa não é só dos envolvidos no desmatamento, visto que a extração ilegal só prospera por causa da existência de um mercado consumidor.
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Filipe Mendes Webber
Assessoria de Imprensa PlastPrime®
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